No almoço no Delta do Mekong tivemos um belo peixe para alimentar nossas lombrigas. Ele nos foi apresentado numa bandeja na posição em pé apoiado em duas hastes de madeira. A princípio pensei que fosse apenas um jeito diferente de organizar um prato, mas logo soube que lá não se come peixe se vier deitado no prato (como estamos acostumados a ver), pois é um mau agouro significando que o barco que pescou aquele peixe vai afundar.
Todo barco que navega nos canais do Rio Mekong possuem em sua proa um par de olhos para sempre apontar para o caminho certo de navegação. Esqueçam o GPS, o negócio por lá é seguir o misticismo.
O que chama a atenção é que todos seguem e entendem os mesmos símbolos ao longo de muitas gerações. A importância e o significado desses símbolos não se perderam nos vários anos de história e de tantas guerras.
Um comentário:
que lindo, marta! lembrei das carrancas do são francisco, com a diferença que não zelamos por nossas tradições...
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